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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Classe C no varejo

Contribuição do Professor Mauro Venício:


Reportagem Jornal Diário do Comércio
BH - Sexta feira, 8 de outubro de 2010-10-08
Nova classe C do Brasil é formada por jovens
São Paulo – Chamada de “nova classe média” em um recente estudo o IBOPE (Classe C Urbana do Brasil: Somos iguais, Somos diferentes), a classe C passou a englobar mais da metade dos brasileiros pela primeira vez este ano. São 32 milhões de pessoas com idade entre 12 e 64 anos, nas principais regiões metropolitanas de todo o Brasil, sendo 20% na classe C1 e 30% na classe C2. Essa migração em massa alterou o rumo da divisão historicamente desigual do bolo no Brasil e proporcionou o surgimento de um grupo com características socioculturais próprias.
A nova classe C é predominantemente jovem, composta em sua maioria por afrodescendentes. Em Salvador, por exemplo, 41% das pessoas que fazem parte dessa faixa da população são negros e, em Brasília, 22%.
A população da classe C tem menos problemas com o peso, em comparação com os mais ricos, decorrência direta de menos excessos na alimentação, somado a mais mobilidade física rotineira. Apenas 27% da classe C1 estão acima do peso, contra 31% da AB1.
O homem dessa categoria tende a viver menos e as mulheres exercem mais responsabilidade sobre a família, têm mais autonomia socioeconômica e, consequentemente, de consumo”, disse a diretora comercial do Ibope Mídia, Dora Câmara, responsável pela pesquisa.
Do ponto de vista econômico, a classe C está mais otimista. Em 2005, 40% declararam estar melhor do que no ano anterior. Já em 2009, este percentual subiu para 50%. Em relação às perspectivas futuras, o percentual de otimismo também aumentou: em 2005, 74% estavam otimistas com o próximo ano e, em 2009, este percentual foi a 84%.
A pesquisa revela que 19% das pessoas de classe C planejam comprar imóvel nos próximos meses e 9,5 milhões pretendem adquirir um automóvel nos próximos 12 meses (novo ou usado). “A demanda reprimida é altíssima nessa categoria social, capaz de fazer crescer consistentemente a indústria automobilística por um bom tempo”, completou Dora Câmara.
Entre as áreas com grande potencial de crescimento, destaque para a baixa proporção da população da classe C que fala mais de um idioma (apenas 23%) e para os investimentos em aparência e cuidados pessoais, prioritários, sobretudo, para as mulheres e os jovens (64% responderam que é muito importante manter-se jovem).
A classe C prefere fazer compras em lojas de ruas, ou seja, centros comerciais abertos; e um grupo grande de consumidores acredita na propaganda e nas marcas de modo irrestrito.
O estudo do IBOPE, umas das maiores empresas de pesquisa de mercado da América Latina, divide a categoria em quatro grupos diferentes, com base em afinidades e atitudes: racionais (31% do total), consumistas (29%), personalistas (21%) e conformistas (19%).

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